domingo, 15 de novembro de 2009

Os seis casos da língua latina

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Latim

1. Caso nominativo

O caso nominativo, caso reto ou primeiro caso é um caso gramatical equivalente ao sujeito e ao predicativo do sujeito.
O caso nominativo é a forma habitual de certas categorias gramaticais, como substantivos, adjetivos, pronomes e, menos frequentemente, numerais e particípios, e às vezes não indica nenhuma relação especial do nome com outras categorias gramaticais. Por isso, em algumas línguas o caso nominativo é desmarcado, isto é, a palavra nominativa é a forma básica ou raiz, sem flexão; alternativamente, pode-se dizer que é marcado por um morfema nulo. Além disso, na maior parte das línguas com um caso nominativo, a forma nominativa é a usada para citar uma palavra ou enumerá-la como entradas de dicionários e enciclopédias. O idioma japonês é um dos poucos que têm um caso nominativo propriamente dito, representado pela posposição "ga".
O caso nominativo é encontrado no latim e grego antigo, entre outras línguas. O português ainda conserva alguns pronomes nominativos, classificados como pronomes pessoais do caso reto, em oposição aos do caso oblíquo. Os pronomes pessoais do caso reto no português são: eu (oblíquos me e mim), tu (oblíquos te e ti), ele(s)/ela(s) (oblíquos o(s)/a(s), ele(s)/ela(s), lhe(s) e si), nós (oblíquos nos e nós) e vós (oblíquos vos e vós).
O termo caso nominativo é mais comumente usado em relação a esse caso nas línguas nominativo-acusativas, como latim, grego e nas línguas mais modernas da europa ocidental. Já o termo caso reto é normalmente usado em línguas analíticas como o português, o espanhol e o galego, para se referir ao mesmo caso gramatical.

2. Caso vocativo

O caso vocativo é um caso gramatical, usado no vocativo. É uma referência à 2ª pessoa, um apelo, um chamado, e é usado para o nome que identifica a pessoa (animal, objeto etc.) a quem se dirige e/ou ocasionalmente os determinantes de tal nome. Uma expressão vocativa é uma expressão de referência direta, em que a identidade da parte a quem se fala é expressamente declarada dentro de uma oração. Por exemplo, na oração "não sei, João.", João é uma expressão vocativa que indica a parte a quem a oração se dirige.
Historicamente, o caso vocativo foi um dos elementos do sistema indo-europeu de casos, e existiu no latim, sânscrito e grego clássico. Embora tenha sido perdido por muitas línguas indo-européias modernas, algumas conservam o caso ainda hoje. Exemplos são a língua grega e as modernas línguas eslavas como polonês, checo, sérvio, croata, bósnio, ucraniano, búlgaro, e as línguas célticas modernas como língua gaélica escocesa e irlandês. Entre as línguas românicas o vocativo foi conservado apenas no romeno. Também ocorre em algumas línguas não-indo-européias, como georgiano, árabe e coreano.

3. Caso acusativo

O caso acusativo de um nome é o caso gramatical usado para marcar o objeto direto de um verbo transitivo. O mesmo caso é usado em muitas línguas para os objetos de algumas ou todas as preposições.
Vê-se assim: Eu tenho um lápis. Eu o tenho. (ou) Adoro chocolate. O adoro.
O acusativo está presente em todas as línguas indo-européias antigas (inclusive latim, sânscrito, grego antigo), nas línguas uralo-altaicas e em línguas semíticas (como o árabe). Algumas línguas indo-européias modernas ainda conservam o caso acusativo, como o alemão e o russo. Ele está presente também em alguns idiomas construídos, como o Esperanto.
No português, os pronomes oblíquos átonos são declinados no caso acusativo (chamado comumente de caso oblíquo, que é uma denominação genérica para casos que não o reto) – são eles: me (oblíquo de eu), te (oblíquo de tu), se/o(s)/a(s) (oblíquos de ele(s)/ela(s)), nos (oblíquo de nós) e vos (oblíquo de vós).

4. Caso dativo

O caso dativo é um caso gramatical geralmente usado para indicar o nome dado a algo. O termo deriva do latim dativus, significando "próprio ao ato de dar". A coisa dada pode ser um objeto tangível — como "um livro" ou "uma caneta" — ou alguma coisa abstrata, intangível, como "uma resposta" ou "uma ajuda". O dativo geralmente marca o objeto indireto de um verbo, embora em alguns casos seja usado para o objeto direto de um verbo diretamente relativo ao ato de dar algo. Em português, equivale aproximadamente ao objeto indireto e ao complemento nominal, embora a língua não tenha um caso dativo propriamente dito. Pode ser representado pelas preposições "a" ou "para", e pelas contrações "ao", "à", "aos", "às".
De modo semelhante, na língua planejada Esperanto, o dativo também não existe de forma delimitada. Ao invés disso, usa-se a preposição al para assinalar o objeto indireto.
Em certas línguas, o caso dativo assimilou as funções de outros casos já extintos. O dativo indica também a posse no grego clássico, que perdeu os casos locativo e instrumental, assumindo as funções destes. Na língua gaélica escocesa, o caso dativo é usado por substantivos depois de preposições simples e artigo definido. No georgiano, o caso dativo também marca o sujeito da oração em alguns verbos e alguns tempos. Isto também é chamado construção dativa.
O dativo era comum entre as línguas indo-européias primitivas e sobrevive até hoje nos ramos balto-eslavo e germânico, entre outros. Também subsiste sob formas semelhantes em várias línguas que não são indo-européias, como na família de línguas uralo-altaica.

5. Caso genitivo

O caso genitivo é um caso gramatical que indica uma relação, principalmente de posse, entre o nome no caso genitivo e outro nome. Em um sentido mais geral, pode-se pensar esta relação de genitivo como uma coisa que pertence a algo, que é criada a partir de algo, ou de outra maneira derivando de alguma outra coisa. (A relação é normalmente expressa pela preposição de em português.) Já o termo caso possessivo refere-se a um caso semelhante, embora normalmente de uso mais restrito.
Diversos idiomas têm um caso genitivo, entre os quais o lituano, o árabe, o latim, o irlandês, o georgiano, o grego, o alemão, o neerlandês, o polonês, o esloveno, o croata, o russo, o finlandês, o japonês e o sânscrito. O romeno é a única língua neolatina que ainda faz uso deste caso. O inglês não tem propriamente um caso genitivo, mas uma terminação possessiva, -'s.
Tipos de genitivo:
1.possessividade (Filho de sua mãe);
2.complementarmente (Menino bonito);
3.locussivamente (Domi manebat [Latim]);
4.designativamente (Qual é difícil?);
5.adjectivamente (o magno deus);
6.qualitativamente (A magna prudência);
7.culposamente;
8.enfàcticamente (que ingente altitude).

6. Caso Ablativo

O caso ablativo é um caso gramatical indicador de movimento para longe de algo. O nome "ablativo" é derivado do verbo latino "ablatus", o particípio irregular do verbo "auferreum", que significa "levar". Em inúmeros idiomas, tais como as línguas germânicas e latinas, o ablativo é formado por meio de preposições, como, por exemplo, no português, em que é formado com a preposição "de", quando essa indicar movimento.

Ocorrência

Entre os idiomas que possuem o ablativo estão o latim, o russo, o finlandês, o húngaro e o sânscrito.
No caso do latim, sua gramática dita que o ablativo possui a função sintática de adjunto adverbial.

Nominativo

•Sujeito
•Predicativo do Sujeito
-a no singular Ex: "Bona discipula sum" ("Boa discípula sou", ou, "[Eu] sou [uma] boa discípula")
-ae no plural Ex: "Ideo servae sedulae sunt" ("Por isso, escravas aplicadas são", ou, "Por isso, [as] escravas são aplicadas")

Acusativo

•Objeto Direto
-am no singular Ex.: Staphyla Phaedram amat. "Estáfila ama Fedra"
-as no plural Ex.: Staphyla Phaedras amat. "Estáfila ama as Fedras".
Genitivo
•Complemento Nominal (indicando posse)
Ex.: Amica Staphylae etiam serva est. "A amiga de Estáfila ainda é escrava"

Dativo

Objeto Indireto
Ex.: Phaedra seruae rosam dat. "Fedra dá a rosa à escrava"

Ablativo

Adjunto Adverbial
Ex.: Cum amica ambulat. "Anda com a amiga"
•Agente da Passiva
Ex.: Filius amatur a matre. "O filho é amado pela mãe"

Vocativo

•Vocativo, como no Português
Ex.: Domine, cur laudas discipulas? "Senhor, por que louvas as alunas?"

Um comentário:

  1. estudei latim no antigo Clássico e gostava muito. sempre tive boas notas e adorava traduzir

    ResponderExcluir